Nunca soube falar
Nunca soube amar
Nunca soube ouvir
Nunca soube experimentar
Na Vida
Há falas que ouvimos
Sem amar, com pudor
Postergamos o sabor da auscultação
Na Vida
Há amores que não sentimos
Ou não ouvimos, ou não falamos
Negamos o gáudio da felicidade
Na Vida
Há vozes que ecoam
Da boca dos amores perdidos, não amados
Dissipamos o sopro do amor
Na Vida
Há gostos diversos, divergentes
Tudo queremos degustar mas
Quitamos o deleite do sal da afeição
Julgamos tudo saber
Sem discernir que tudo temos para descobrir
Escondemo-nos nas acções, sem dizer: Amo-te
Não amamos, não ouvimos
Tudo queremos descobrir
Sem contemplar o que está por perto, à mão
Desprezamos os tesouros do nosso baú
Olvidamos a intrepidez do maior deles: a Vida!
ANA MARIA SANTOS
2007-05-15
É sempre nos lugares mais estranhos que nos descobrimos um pouco mais...
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